quinta-feira, novembro 08, 2007

Excerto da Intervenção do Presidente da República Portuguesa na Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas - CEPAL



A prioridade da construção europeia foi, inicialmente, para a integração económica, que a levou de uma União Aduaneira até à União Económica e Monetária dos nossos dias. O euro, a moeda única europeia, veio culminar um intenso processo de integração, escorado na realização de um verdadeiro mercado único, de um espaço sem fronteiras com cerca de 500 milhões de habitantes, ou seja, o maior mercado integrado e concorrencial do mundo. Agora, designadamente com o Tratado de Lisboa, que vai ser assinado em Dezembro próximo, visa-se aprofundar a dimensão política da integração económica, melhorar a eficiência, a transparência e a democraticidade do processo de decisão comunitário e reforçar a eficácia da União Europeia na cena internacional. Passou-se, em 50 anos, de uma Comunidade Económica de seis Estados para uma União de 27 membros, mais uma prova inequívoca da atracção que exerce o projecto de integração europeia.

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Para Portugal, torna-se particularmente claro que é hora de reafirmar a prioridade estratégica que a América Latina deve representar para a União Europeia. Os Estados latino-americanos são Estados próximos da Europa, no sentido mais profundo do termo. Na era global em que vivemos, seria imperdoável não valorizar e não tirar todo o partido da singularidade que nos une.

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